quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Devaneio de esquina

Aquelas risadas pueris... tantos sonhos em cultivo passando a saltitar pela rua 7 na esquina com a Padualense. Quando vejo crianças assim, é inevitável que passe em minha memória alguns dos momentos que me causam nostalgia. Não tive uma infância bonita, nem tão pouco digna de honras, mas não me custa recordá-la por instantes. Não posso evitar. Menos rugas que preocupações, passei anos ocupando-me de afazeres que não eram meus e esqueci-me de ser de fato uma criança e viver como tal. Mas cuido de lembrar com exatidão a brisa que cortava meu rosto quando, sem precisar olhar para os lados a procura de automóveis, mexia as pernas com urgência para me proteger dos que tentavam encostar seus dedos em mim e pôr me como o azarado da brincadeira. Era o momento em que nada ao redor importava, não havia nada em mim: nem pensamentos, nem preocupações, nem medos. Talvez nem de roupas eu me munia. É uma sensação de liberdade que cabe apenas a esses pirralhos sortudos. Não invejo seu momento. Eles têm o ar impuro, carros por toda parte, e a iminência de serem surpreendidos por quaisquer eventos ruins que recheiam uma metrópole. Mas eu juro por esses cabelos brancos que me escapam às orelhas, qualquer um deles ali sente a liberdade que nunca mais senti.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O projeto

Dizem que a culpa foi dos pais, da família. Mas eu, por minha humilde perspectiva, prefiro acreditar que não há culpa maior que a da lua e das estrelas testemunhas, porque viram tudo e preferiram calar-se diante da cena; porque souberam antes e permaneceram em silêncio mesmo após serem interrogadas. Não havia razão para não dizerem nada. Mas não perderiam a oportunidade de demostrar que ficar contra a razão é o que os faz tão misteriosos... (continua algum dia)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

noturna

Somos uma dupla dinâmica
eu e você
rondando a cidade à noite procurando
nem sabemos o quê.
Se ouço um barulho que assusta
não exita e me abraça forte
o que provocaria, com nossa sorte
perder toda a seriedae de nossa ronda fajuta
e toda luta em esconder nossa identidade
Mas se não fosse seu carinho pra eu ficar sem medo
eu hoje dormiria logo cedo
você acordaria com saudade.






quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

vende-se um corte de cabelo


É interessante refletir sobre a dinâmica das mudanças pessoais; você percebe o mundo a sua volta mudando, vê sua a necessidade de não permanecer inalterado, e resolve mudar tambem..
Existem mil maneiras de realizar essa mudança que pode ser encarada como algo interior ou exterior. Mas considerando que toda grande mudança acontece primeiramente por dentro, podemos dizer que, se nasce um desejo de mudar por fora, já do lado de dentro as coisas estão diferentes.
Eu tenho uma simpatia muito especial por mudanças, acredito que elas são possíveis e necessárias e qualquer pessoa pode, seja de qual maneira for, transformar-se.


Quem não tem um amigo que marca as temporadas da vida com uma mudança no cabelo?
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Claro, claro, há receio...


antes: OmelDels, finalmente cortarei meu cabelo *-*
depois do corte: OmelDels, eu amei meu novo cabelo*-*
alguns dias após o corte: pqp ! eu perdi meu cabelo longo :/

Sim, algumas mudanças geram frustração e arrependimento... mas isso não deve ser levado em consideração, não é um bom exemplo. Lembro de ouvir dizer que a vida é muito curta pra se arrepender... para algumas situações reversíveis, essa frase é sábia. Afinal, cabelo cresce !



E, se ainda assim você pensa três vezes antes de fazer uma mudança radical na sua vida, lembre-se: o resultado você maquia como preferir, se preferir!

Depois de tudo feito,
o que há de se fazer a respeito?
seja feliz e depois veja o que acontece
um dia você perece
e se arrepende de não ter sido o que quis
você sabe que merece
ser
feliz :)