domingo, 12 de dezembro de 2010

sonho do menino...


Ela tinha um sorriso meigo, um rosto que contornava o sorriso e fazia tudo parecer uma obra prima. Não usava acessórios, nunca um colar, uma pulseira, um brinco. Ao passar naquela rua nº 32 diziam que ela saltitava ao invés de andar, e caminhava com aqueles pulinhos como se guardasse um segredo e não o quisesse contar. Nada de chicletes ou pirulitos, ela passava simplesmente como se nada pudesse tirar sua atenção dos galhos ao redor do caminho. E o sorriso abria- o mais quando cumprimentava ao seu lado a vizinha que a adimirava em segredo. Ia pra casa assim como quem não se importasse com nada. De fato não ligava pra o que eu pensava. E eu tinha pra mim que me casaria com ela daqui a alguns anos e caminhariamos juntos depois das 6. Eu segurando aquela sombrinha vermelha, ela, o carrinho de bebê.